Sente como eu...

       Sente como a água, símbolo de vida, pode       provocar sentimentos, por vezes, inexplicáveis.

      Sentada na encantada ponte,

      Refrescada pela água,

      Jorrou desta minha fonte

      Uma doce mágoa.

    

Solidão

O ser humano não nasceu para ficar só.

Sexualidade na Literatura

Power point Sexualidade na Literatura

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Felizmente Há Luar- Simbologia

Felizmente há luar

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Tentar compreender Sttau Monteiro - visão de amor

Imortalidade do Amor

Cantiga de amor

Exemplo de lírica galego-portuguesa (de Bernal de Bonaval):

"A dona que eu am'e tenho por Senhor

amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,

se non dade-me-a morte.

A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus

e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,

se non dade-me-a morte.

Essa que Vós fezestes melhor parecer

de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,

se non dade-me-a morte.

A Deus, que me-a fizestes mais amar,

mostrade-me-a algo possa con ela falar,

se non dade-me-a morte."



Poesia - Luís de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Poesia - Bocage

O poeta asseteado por amor
Ó Céus! Que sinto n'alma! Que tormento!
Que repentino frenesi me anseia!
Que veneno a ferver de veia em veia
Me gasta a vida, me desfaz o alento!

Tal era, doce amada, o meu lamento;
Eis que esse deus, que em prantos se recreia,
Me diz: <<A que se expõe quem não receia
Contemplar Ursulina um só momento!

>>Insano! Eu bem te vi dentre a luz pura
De seus olhos travessos, e cum tiro
Puni tua sacrílega loucura:

>>De morte, por piedade hoje te firo;
Vai pois, vai merecer na sepultura
À tua linda ingrata algum suspiro.>>

Poesia - Fernando Pessoa no heterónimo "Álvaro de Campos"

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).

Simplesmente Amor!

Amor é uma dádiva constante sem nada esperar em troca.

Amor e Literatura

Pessoa diz-nos através do seu heterónimo Álvaro de Campos " Todas as cartas de amor são ridículas/ Se não fossem ridículas, não eram cartas de amor". A prova viva desta opinião surge nas cartas de amor dirigidas ao grande amor de Fernando Pessoa, Ofélia.